sábado, 1 de dezembro de 2007

Edílico

Por Lígia Amorese

Qual nenúfar de um trâmite,
vilipendeando e coibindo ao palor da brida,
hei-lo que postergava célere em descabido arrimo,
exudante à mácula de insofismável prímula.

Derrocado aos cúspedes de escabroso ápice,
prelava cônico entrelaçado púlpito... e,
quiçá na símula, soerguia sânscrito em exorbitante
tálamo, tatamurdeante às escaramuças,
o coergir cônjuge de um colimar colérico:

- Oh dorida Cármina, oh excogitada pândega! Deveras álgida e
empapuçada cítara! Não sorverás em jabôs da cálida vertente em
pórticos...

E, ao rompante de um átimo, excogitou:

- Obtusa a ti, oh algarávia,
que qual cisterna cínica ao descalabro
de defenestrante júbilo,
houve de esmiuçar-te em conclamante rubrica,
extrapolando-te em empaladora cripta...
Por que, oh, por que?
Queria-te contígua, ó cemitarra,
a espargir-te a mim!

Então, exângue em meio ao burburinho
de um tilintar letárgico,
solevou da códea subliminar e,
ao expurgar dolente de um selim,
conspurcaria à tara
da derradeira nódoa... enfim.

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